quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Data trabalho final

... a pedidos, prazo foi estendido até 07/12, por email biawabramo@gmail.com

Link certo para as instruções sobre trabalho final

http://docs.google.com/View?id=dck6v9cb_96dq8fvpgh

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre os trabalhos finais

http://docs.google.com/Doc?id=dck6v9cb_96dq8fvpgh&btr=EmailImport

O BRASIL NAS LETRAS

BRASIL (1939)

(Benedito Lacerda/Aldo Cabral)



Brasil, és no teu berço doirado,

Um índio civilizado,

E abençoado por Deus !

Oh, meu Brasil ! Oh meu,

Brasil, gigante de um continente,

És terra de toda gente,

Orgulho dos filhos teus !

Oh ! Meu Brasil !


Tudo em ti nos satisfaz,

Liberdade, amor e paz,

No progresso em que te agitas,

Torrão de viva beleza,

De fartura de riqueza,

E de mil coisas bonitas,

E porque tu tens de tudo,

Por que te conservas mudo,

Na tua modéstia imerso,

Meu Brasil, eu que te amo,

Neste samba te proclamo,

Majestade do Universo !


Tudo em ti nos satisfaz,

Liberdade, amor e paz,

No progresso em que te agitas,

Torrão de viva beleza,

De fartura de riqueza,

E de mil coisas bonitas,

E porque tu tens de tudo,

Por que te conservas mudo,

Na tua modéstia imerso,

Meu Brasil, eu que te amo,

Neste samba te proclamo,

Majestade do Universo !




CANTA BRASIL (1941)



As selvas te deram nas noites seus ritmos


bárbaros...


Os negros trouxeram de longe reservas de pranto...


Os brancos falaram de amores em suas canções...


E dessa mistura de vozes nasceu o teu pranto...



Brasil


Minha voz enternecida


Já dourou os teus brasões


Na expressão mais comovida


Das mais ardentes canções...


Também,


A beleza deste céu


Onde o azul é mais azul


Na aquarela do Brasil


Eu cantei de Norte a Sul


Mas agora o teu cantar,


Meu Brasil quero escutar:


Nas preces da sertaneja,


Nas ondas do rio-mar...



Oh!


Este rio – turbilhão,


Entre selvas e rojão,


Continente a caminhar!


No céu!


No mar!


Na terra!


Canta, Brasil !!!



DESAFINADO (1959)

Tom Jobim/ Newton Mendonça



Se você disser que eu desafino amor

Saiba que isto em mim provoca imensa dor

Só privilegiados tem o ouvido igual ao seu

Eu possuo apenas o que Deus me deu


Se você insiste em classificar

Meu comportamento de anti-musical

Eu mesmo mentindo devo argumentar

Que isto é bossa nova, isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente

É que os desafinados também tem um coração


Fotografei você na minha Rolley-Flex

Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor

Ele é o maior que você pode encontrar

Você com a sua música esqueceu o principal

Que no peito dos desafinados

No fundo do peito

Bate calado, que no peito dos desafinados

Também bate um coração







O BARQUINHO (1961)


(Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli)


Dia de luz

Festa de sol

E um barquinho a deslizar

No macio azul do mar

Tudo é verão e o amor se faz

Num barquinho pelo mar

Que desliza sem parar

Sem intenção, nossa canção

Vai saindo desse mar e o sol

Beija o barco e luz

Dias tão azuis


Volta do mar desmaia o sol

E o barquinho a deslizar

É a vontade de cantar

Céu tão azul ilhas do sul

E o barquinho, coração

Deslizando na canção

Tudo isso é paz, tudo isso traz

Uma calma de verão e então

O barquinho vai

A tardinha cai

O barquinho vai..


MAS QUE NADA (1963)

Jorge Ben


Mas que nada

Sai da minha frente

Eu quero passar

Pois o samba está animado

O que eu quero é sambar

Esse samba

Que é misto de maracatu

É samba de preto velho

Samba de preto tu


Mas que nada

Um samba como este tão legal

Você não vai querer

Que eu chegue no final

Roda-viva

Chico Buarque/1967

Para a peça Roda-viva de Chico Buarque


Notas

Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu

A gente estancou de repente

Ou foi o mundo então que cresceu

A gente quer ter voz ativa

No nosso destino mandar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda-gigante

Roda-moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração


A gente vai contra a corrente

Até não poder resistir

Na volta do barco é que sente

O quanto deixou de cumprir

Faz tempo que a gente cultiva

A mais linda roseira que há

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega a roseira pra lá

Roda mundo (etc.)


A roda da saia, a mulata

Não quer mais rodar, não senhor

Não posso fazer serenata

A roda de samba acabou

A gente toma a iniciativa

Viola na rua, a cantar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega a viola pra lá

Roda mundo (etc.)


O samba, a viola, a roseira

Um dia a fogueira queimou

Foi tudo ilusão passageira

Que a brisa primeira levou

No peito a saudade cativa

Faz força pro tempo parar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega a saudade pra lá

Roda mundo (etc.)



GELÉIA GERAL (1968)

Gilberto Gil e Torquato Neto



Um poeta desfolha a bandeira

E a manhã tropical se inicia

Resplandente, cadente, fagueira

Num calor girassol com alegria

Na geléia geral brasileira

Que o "Jornal do Brasil" anuncia


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


A alegria é a prova dos nove

E a tristeza é teu porto seguro

Minha terra é onde o sol é mais limpo

E Mangueira é onde o samba é mais puro

Tumbadora na selva-selvagem

Pindorama, país do futuro


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


É a mesma dança na sala

No Canecão, na TV

E quem não dança não fala

Assiste a tudo e se cala

Não vê no meio da sala

As relíquias do Brasil:

Doce mulata malvada

Um LP de Sinatra

Maracujá, mês de abril

Santo barroco baiano




Superpoder de paisano

Formiplac e céu de anil

Três destaques da Portela

Carne-seca na janela

Alguém que chora por mim

Um carnaval de verdade

Hospitaleira amizade

Brutalidade jardim


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


Plurialva, contente e brejeira

Miss linda Brasil diz "bom dia"

E outra moça também Carolina

Da janela examina a folia

Salve o lindo pendão dos seus olhos

E a saúde que o olhar irradia


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


Um poeta desfolha a bandeira

E eu me sinto melhor colorido

Pego um jato, viajo, arrebento

Com o roteiro do sexto sentido

Voz do morro, pilão de concreto

Tropicália, bananas ao vento


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


TROPICÁLIA (1968)

Caetano Veloso



Sobre a cabeça os aviões

Sob os meus pés, os caminhões

Aponta contra os chapadões, meu nariz


Eu organizo o movimento

Eu oriento o carnaval

Eu inauguro o monumento

No planalto central do país


Viva a bossa, sa, sa

Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça


O monumento é de papel crepom e prata

Os olhos verdes da mulata

A cabeleira esconde atrás da verde mata

O luar do sertão

O monumento não tem porta

A entrada é uma rua antiga,

Estreita e torta

E no joelho uma criança sorridente,

Feia e morta,

Estende a mão


Viva a mata, ta, ta

Viva a mulata, ta, ta, ta, ta


No pátio interno há uma piscina

Com água azul de Amaralina

Coqueiro, brisa e fala nordestina

E faróis

Na mão direita tem uma roseira

Autenticando eterna primavera

E no jardim os urubus passeiam

A tarde inteira entre os girassóis


Viva Maria, ia, ia

Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia


No pulso esquerdo o bang-bang

Em suas veias corre muito pouco sangue

Mas seu coração

Balança a um samba de tamborim

Emite acordes dissonantes

Pelos cinco mil alto-falantes

Senhoras e senhores

Ele pões os olhos grandes sobre mim


Viva Iracema, ma, ma

Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma


Domingo é o fino-da-bossa

Segunda-feira está na fossa

Terça-feira vai à roça

Porém, o monumento

É bem moderno

Não disse nada do modelo

Do meu terno

Que tudo mais vá pro inferno, meu bem

Que tudo mais vá pro inferno, meu bem


Viva a banda, da, da

Carmen Miranda, da, da, da, da




Deus lhe pague

Chico Buarque/1971


Notas

Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir

A certidão pra nascer, e a concessão pra sorrir

Por me deixar respirar, por me deixar existir

Deus lhe pague


Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"

Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir

Um crime pra comentar e um samba pra distrair

Deus lhe pague


Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui

O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir

Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi

Deus lhe pague


Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir

Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir

Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair

Deus lhe pague


Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir

Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir

E pelo grito demente que nos ajuda a fugir

Deus lhe pague


Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir

E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir

E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir

Deus lhe pague


OURO DE TOLO (1973)

Raul Seixas


Eu devia estar contente

Porque eu tenho um emprego

Sou um dito cidadão respeitável

E ganho quatro mil cruzeiros por mês


Eu devia agradecer ao Senhor

Por ter tido sucesso na vida como artista

Eu devia estar feliz

Porque consegui comprar um Corcel 73


Eu devia estar alegre e satisfeito

Por morar em Ipanema

Depois de ter passado fome por dois anos

Aqui na Cidade Maravilhosa

(...)


Eu devia estar contente

Por ter conseguido tudo o que eu quis

Mas confesso abestalhado

Que eu estou decepcionado


Porque foi tão fácil conseguir

E agora eu me pergunto: e daí?

Eu tenho uma porção de coisas grandes

Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado


Eu devia estar feliz pelo Senhor

Ter me concedido o domingo

Pra ir com a família ao Jardim Zoológico

Dar pipoca aos macacos


Ah! Mas que sujeito chato sou eu

Que não acha nada engraçado

Macaco, praia, carro, jornal, tobogã

Eu acho tudo isso um saco


É você olhar no espelho

Se sentir um grandessíssimo idiota

Saber que é humano, ridículo, limitado

Que só usa dez por cento de sua cabeça animal


E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial

Que está contribuindo com sua parte

Para o nosso belo quadro social


Eu que não me sento

No trono de um apartamento

Com a boca escancarada cheia de dentes

Esperando a morte chegar


Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais

No cume calmo do meu olho que vê

Assenta a sombra sonora de um disco voador








O Bêbado e A Equilibrista (1979)

João Bosco e Aldir Blanc


Caía a tarde feito um viaduto

E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos

A lua tal qual a dona do bordel

Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel

nuvens lá no mata-borrão do céu

Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco

O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil

Prá noite do Brasil, meu Brasil

Que sonha com a volta do irmão do Henfil

Com tanta gente que partiu num rabo de foguete

Chora a nossa pátria mãe gentil

Choram marias e clarisses no solo do Brasil

Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente

a esperança dança na corda bamba de sombrinha

E em cada passo dessa linha pode se machucar

Azar, a esperança equilibrista

sabe que o show de todo artista, tem que continuar

tem que continuar


ye bye, Brasil

Roberto Menescal - Chico Buarque/1979

Para o filme Bye, bye Brasil, de Carlos Diegues


Notas

Oi, coração

Não dá pra falar muito não

Espera passar o avião

Assim que o inverno passar

Eu acho que vou te buscar

Aqui tá fazendo calor

Deu pane no ventilador

Já tem fliperama em Macau

Tomei a costeira em Belém do Pará

Puseram uma usina no mar

Talvez fique ruim pra pescar

Meu amor


No Tocantins

O chefe dos parintintins

Vidrou na minha calça Lee

Eu vi uns patins pra você

Eu vi um Brasil na tevê

Capaz de cair um toró

Estou me sentindo tão só

Oh, tenha dó de mim

Pintou uma chance legal

Um lance lá na capital

Nem tem que ter ginasial

Meu amor


No Tabariz

O som é que nem os Bee Gees

Dancei com uma dona infeliz

Que tem um tufão nos quadris

Tem um japonês trás de mim

Eu vou dar um pulo em Manaus

Aqui tá quarenta e dois graus

O sol nunca mais vai se pôr

Eu tenho saudades da nossa canção

Saudades de roça e sertão

Bom mesmo é ter um caminhão

Meu amor


Baby, bye bye

Abraços na mãe e no pai

Eu acho que vou desligar

As fichas já vão terminar

Eu vou me mandar de trenó

Pra Rua do Sol, Maceió

Peguei uma doença em Ilhéus

Mas já tô quase bom

Em março vou pro Ceará

Com a benção do meu orixá

Eu acho bauxita por lá

Meu amor


Bye bye, Brasil

A última ficha caiu

Eu penso em vocês night and day

Explica que tá tudo okay

Eu só ando dentro da lei

Eu quero voltar, podes crer

Eu vi um Brasil na tevê

Peguei uma doença em Belém

Agora já tá tudo bem

Mas a ligação tá no fim

Tem um japonês trás de mim

Aquela aquarela mudou

Na estrada peguei uma cor

Capaz de cair um toró

Estou me sentindo um jiló

Eu tenho tesão é no mar

Assim que o inverno passar

Bateu uma saudade de ti

Tô a fim de encarar um siri

Com a benção de Nosso Senhor

O sol nunca mais vai se pôr



Brasil (1988)

Cazuza/Nilo Roméro / George Israel


Não me convidaram

Pra essa festa pobre

Que os homens armaram pra me convencer

A pagar sem ver

Toda essa droga

Que já vem malhada antes de eu nascer


Não me ofereceram

Nem um cigarro

Fiquei na porta estacionando os carros

Não me elegeram

Chefe de nada

O meu cartão de crédito é uma navalha


Brasil, mostra tua cara

Quero ver quem paga

Pra gente ficar assim

Brasil, qual é o teu negócio?

O nome do teu sócio?

Confia em mim


Não me sortearam

A garota do Fantástico

Não me subornaram

Será que é o meu fim?

Ver TV a cores

Na taba de um índio

Programada pra só dizer sim, sim


Grande pátria desimportante

Em nenhum instante

Eu vou te trair

(Não vou te trair)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quer pagar quanto?

Seguem os links para o texto de Juliano Spyer sobre o episódio da venda do samba do Cartola, dialogando com os famosos P2P dos dias atuais. O primeiro link é uma seleção e um comentário do jornalista Alexande Matias, do Trabalho Sujo, e o segundo é o texto na íntegra de Spyer, do NãoZero.


- Trabalho Sujo - "Querendo comprar samba, você está maluco?"

- Não Zero - "Comprar samba? Você está maluco?" Ou o que Cartola tem a dizer sobre a pirataria

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Discos

Como a Bia só colocou o link pra dowload de um dos discos e eu quis ouvir todos pra decidir sobre qual falarei, fui atrás dos outros. Seguem os links:

Tropicália (1968)
Os Afro Sambas (1990)
Samba, eu Canto Assim (1964)

Coisas legais

Duas coisas legais, uma em São Paulo, outra na sala de casa, que podem contribuir para vcs entenderem melhor o curso e, digamos, a vida:

1. A Pinacoteca abre neste sábado uma exposição de Henri Matisse. Não, ele não relaão direta com meu curso, mas ele é simplesmente um dos mais imporantes pintores de todos os tempos. E pelos míseros R$ 3,00 que vcs estudantes vão pagar pelo ingresso, vcs podem visitar uma exposição sobre os 30 anos de Anistia, essa sim com relação mais direta com o curso.
Mais informações:
Matisse hoje / Aujourd'hui
Pela primeira vez no Brasil, e na América Latina, exposição individual de Henri Matisse (Le Cateau-Cambrésis, França, 1869 – Nice, França, 1954), um dos mais destacados artistas do século XX. A mostra exibe cerca de 80 obras que integram importantes coleções públicas e privadas, da França e do Brasil.
De 05 de setembro a 01 de novembro de 2009exposição do Ma

A luta pela Anistia. 1964 - ?
Realizada em parceria com o Arquivo Público do Estado de São Paulo, a mostra apresenta documentos, fotos, jornais da época, panfletos, cartazes e outros materiais produzidos pelos movimentos de anistia e entidades de direitos humanos que narram a história da luta pela anistia no Brasil, dos anos 60 aos dias atuais.
De 08 de agosto a 18 de outubro de 2009

Abertas de terça a domingo, das 10 às 18h Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6 ou 3,00. Grátis aos sábados

2. Não sei se alguém viu na Cultura nesta semana, mas no domingo a Cultura vai reprisar a minissérie Trago Comigo, de Tata Amaral. Vejam mais aqui: http://www.tvcultura.com.br/conteudo/3352

Leituras para as próxima aulas, 09/09 e 16/09

CALDEIRA, Jorge A Construção do Samba, Mameluco. São Paulo, 2007.
Capítulos 1 e 2 - pp 11-42

NAPOLITANO, Marcos A Síncope das Idéias, Editora Fundação Perseu Abramo. São Paulo, 2007.
Introdução e capítulos 1 e 2, pp 5-45

SANDRONI, Carlos Feitiço Decente , Jorge Zahar Editor/Editora da UFRJ. Rio de Janeiro, 2001.

VIANNA, Hermano O Mistério do Samba, Jorge Zahar Editor/Editora da UFRJ. Rio de Janeiro, 1995
Capítulos 1, 2 e 3 - pp 19-73

Sobre as resenhas e artigos para 16/09

Cada aluno deve escolher um dos discos abaixo para fazer ou uma resenha ou um artigo curto.

Resenha - texto descritivo-analítico sobre um objeto específico (livro, disco, filme etc.) Tamanho mínimo = 3 laudas (lauda = 1400 ccaracteres, contados os espaços)

Artigo - texto com tema mais aberto, apoiado em bibliografia, que parte da formulação de uma questão e a discute. Tamanho mínimo = 5 laudas (lauda = 1400 ccaracteres, contados os espaços)


DISCOS
TROPICÁLIA (1968, vários, Philips)
OS AFRO-SAMBAS (1990, Baden Powell, Biscoito Fino)
SAMBA, EU CANTO ASSIM
OPINIÃO


Resenha - texto descritivo-analítico sobre um objeto específico (livro, disco, filme etc.) Tamanho mínimo = 4.000
Artigo - texto com tema mais aberto, apoiado em bibliografia, que parte da formulação de uma questão e a discute.

Bibliografia recomendada para os artigos -- Além da bibliografia já sugerida para essas primeiras aulas
, os seguintes textos estão no xerox:

Ante-projeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura em HOLLANDA, Heloísa Buarque Impressões de Viagem - CPC, Vanguarda e Desbunde Rio de Janeiro, Aeroplano, 2004.
CAMPOS, Augusto "De João Gilberto a Jovem Guarda", "Boa Palavra Sobre a Música Popular", "Festival da Viola e Violência" em Balanço da Bossa e Outras Bossas. São Paulo, Perspectiva, 1978.
KALILI, Narciso "A nova escola do samba" em Revista Realidade, novembro de 1966.
MENDES, Gilberto "De Como a MPB Perdeu a Direção e Continuou na Vanguarda" em Balanço da Bossa e Outras Bossas. São Paulo, Perspectiva, 1978.
TINHORÃO, José Ramos "A bossa nova e a canção de protesto" e "O tropicalismo" em Pequena História da Música Popular -- Da Modinha ao Tropicalismo. São Paulo, Art Editora, 1986
TINHORÃO, José Ramos "A montagem do protesto" em História Social da Música Popular Brasileira. São Paulo, Editora 34, 1996.

Sites
CliqueMusic
- contém biografias, discografias completas e pequenos verbetes ddescritivos sobre gêneros de música brasileira. A equipe de redação é composta por bons jornalistas da área de música: as informações são bem pesquisadas e o texto é decente.
Tropicália -- É o maior banco de dados online sobre o assunto.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mostra de filmes sobre a Jovem Guarda

Você lembra dos tempos do iê-iê-iê? Ou ainda não era nascido? Para relembrar, conhecer, refletir e, claro, se divertir, o Itaú Cultural convida para a mostra de filmes Em Ritmo de Aventura: o Cinema da Jovem Guarda.

Além de uma seleção especial de filmes da época, faz parte da mostra um debate com o curador Eduardo Morettin e convidados. Não perca!

Saiba mais sobre a mostra.
Em Ritmo de Aventura: o Cinema da Jovem Guardade
Quando? Quarta (9) a domingo (13) de setembro de 2009
Sala Itaú Cultural (247 lugares) - Ingresso distribuído com meia hora de antecedência

Itaú Cultural Avenida Paulista 149 - Paraíso - São Paulo SP
[próximo à estação Brigadeiro de metrô]
Informações: (11) 2168-1777

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bibliografia aulas 26/08 e 02/09

HOMEM DE MELLO, Zuza A Era dos Festivais -Uma Parábola. Capítulo 6, pp 171 -222

NAPOLITANO, Marcos A Síncope das Idéias
A MPB entra em cena, pp 81-108

Que Caminho Seguir na Música Popular Brasileira? Revista da Civilização Brasileira, nº 6, maio de 1966

3º Festival da Record -- 1967

Local: Teatro Paramount
Data: Outubro 1967

Classificação:
1º Lugar: Ponteio (Edu Lobo e Capinam) - Intérpretes: Edu Lobo, Marília Medalha e Quarteto Novo
2º Lugar: Domingo no Parque (Gilberto Gil) - Intérpretes: Gilberto Gil e Os Mutantes
3º Lugar: Roda Viva (Chico Buarque) - Intérpretes: Chico Buarque e MPB-4
4º Lugar: Alegria, Alegria (Caetano Veloso) - Intérpretes: Caetano Veloso e Beat Boys
5° Lugar: Maria, Carnaval e Cinzas (Luiz Carlos Paraná) - Intérpretes: Roberto Carlos
6° Lugar: Gabriela (Francisco Maranhão) - Intérpretes: MPB-4
Melhor Intérprete: Elis Regina - O Cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta)

LETRAS DAS MÚSICAS APRESENTADAS NA FINAL DO 3º FESTIVAL DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Alberto Chong fala sobre a influência da novela nos anos 70

Alberto Chong - "As telenovelas moldaram o Brasil"

Economista do BID afirma que a novela ajudou o país a aceitar o divórcio e a criar famílias menores

MARTHA MENDONÇA

 

 

Qual é o verdadeiro impacto das telenovelas nos lares brasileiros? Segundo dois estudos recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as tramas exibidas na TV nos últimos 40 anos vêm moldando as famílias em pelo menos dois aspectos: menos filhos e mais divórcios. As pesquisas, coordenadas pelo economista Alberto Chong, analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela TV Globo entre 1965 e 1999 nos horários das 19 horas e das 20 horas. Nessa amostragem, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% delas eram infiéis a seus parceiros – o que suavizou o tabu do adultério. Para Chong, a telenovela é um excelente canal de difusão de programas sociais, como prevenção à aids e direitos das minorias. Ele deu a seguinte entrevista a ÉPOCA.

 

 

ÉPOCA – De que forma as telenovelas influenciaram a sociedade brasileira? 

Alberto Chong – Durante o período da ditadura, os autores já viam nas novelas a oportunidade de lutar contra o sistema, apresentando novas ideias e valores. Há, de forma recorrente, a crítica à religião, ao machismo e ao consumo de luxo e a ideia de que a riqueza e o poder não trazem felicidade. A família está no centro dessas transformações. As novelas são um instrumento muito poderoso na formação de um modelo bastante específico de família: branca, saudável, urbana, bonita, consumista – e pequena.

 

ÉPOCA – Vem daí a explicação para a influência das novelas na queda da taxa de fertilidade? 
Chong –
 Sim. A família pequena é uma imposição da produção, que tem limitações de elenco. Para que a história aconteça, são necessários pelo menos cinco ou seis núcleos. Então nenhum pode ser grande demais. Por um tempo essa família tão reduzida era irreal. Com o tempo, porém, a repetida exposição desse perfil influenciou fortemente na preferência por menos filhos e pelo custo financeiro mais baixo dessa escolha. Ao longo dos anos, essa queda na taxa de fertilidade foi caindo mais em áreas alcançadas pela televisão do que em áreas que não recebiam o sinal.

 

ÉPOCA – As mulheres são o público principal das novelas. Elas são mais influenciáveis por esse tipo de conteúdo? 
Chong –
 Uma das ideias mais disseminadas pelas novelas, em todos os tempos, é, certamente, a emancipação feminina, junto com a entrada da mulher no mercado de trabalho. A busca do amor e do prazer pelas personagens femininas também é uma constante em qualquer trama – mesmo que ela tenha de cometer adultério, o que também é comum nas histórias.

 

ÉPOCA – No Brasil, de acordo com o IBGE, vem das mulheres a maior parte dos pedidos de divórcio. Quanto as novelas contribuem para isso? 
Chong –
 Estudar o Brasil sob esse ponto de vista é interessante, porque os casos de divórcio aumentaram dramaticamente nas últimas três décadas. Estima-se que as taxas aumentaram de 3,3 em cada cem casamentos em 1984 para 17,7 em 2002, mais do que em qualquer outro país latino-americano. Nosso estudo avança na hipótese de que os valores da televisão, mais precisamente das novelas, contribuíram de fato para esse aumento, principalmente a partir do momento em que no Brasil há um alcance desse tipo de programa como em nenhum outro país. A novela é, de longe, a maior atração da TV e é veiculada pela Rede Globo, que tem mantido um domínio quase absoluto do setor por cerca de três décadas. Percebemos que, quando a protagonista de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto porcentual. A mudança é positiva. A simples possibilidade do divórcio dá às mulheres a chance de igualdade de gênero no casamento e na distribuição do trabalho, dentro e fora de casa. Também diminui a violência doméstica, os homicídios e suicídios.

 

 

ÉPOCA – Há algum período da história das novelas no Brasil em que essa influência no comportamento tenha sido mais ou menos forte? 
Chong –
 Acredito que as novelas tenham tido um impacto mais poderoso quando começaram a ser veiculadas em massa. O que corresponde aos anos 70, principalmente, muito mais que nos anos 90 ou nos dias de hoje. O público, aos poucos, vai se acostumando aos temas e à forma como a trama acontece. A audiência naquele tempo também era muito maior, refletindo-se na influência. Mas é fato que existe um efeito cumulativo e é sobre ele que focamos nossos estudos.

 

ÉPOCA – A padronização dos valores, de comportamentos e ideais que a televisão introduz é negativa? 
Chong –
 É uma questão de perspectiva. As novelas, em especial da TV Globo, impõem um estilo de vida moderno e urbano que diminuiu as taxas de fertilidade e aumentou as de divórcio. Isso pode ser visto de forma positiva por um grupo e de forma negativa por outro.

ÉPOCA – Pode-se dizer que, no Brasil, a novela é o melhor canal para a difusão de ideias sociais?
Chong –
 Sim, acredito que seja o mais eficaz. Por isso esses estudos são tão importantes para os países em desenvolvimento. Nas sociedades em que a alfabetização é relativamente baixa e a leitura dos jornais é limitada, a televisão desempenha um papel crucial na circulação das ideias. A televisão tem influência enorme em países como o Brasil, onde ainda há forte tradição oral. Nosso trabalho sugere que os programas orientados para a cultura da população local têm o potencial de atingir uma grande quantidade de pessoas com muito baixo custo e, portanto, poderiam ser usados por políticos para transmitir mensagens sociais e econômicas importantes – sobre aids, educação, direitos das minorias etc. Estudos recentes feitos por psicólogos sociais realçam o papel dos meios de comunicação, rádio e telenovelas em particular, como uma ferramenta para a prevenção de conflitos. A nossa investigação sugere que esse instrumento funciona na formação das mais variadas políticas de desenvolvimento e deve ser aproveitado.

 

 

 

segunda-feira, 16 de março de 2009

Atenção: para dia 18 de março, data do primeiro seminário

“Oscar Niemeyer: A Vida é um Sopro”, documentário de Fabiano Maciel (2007)
Plano-piloto da poesia concreta
Manifesto neoconcreto

domingo, 8 de março de 2009

O que está emprestado e para quem

Grupo 1º seminário (Aline, Pedro, Elisa e Erich)
DVD "A Vida É um Sopro"

Grupo 2º seminário (Gabriela, Isabelle, Débora e Flávia)
DVD "Eles Não Usam Black-Tie"
DVD "O Casamento"
Livro "O Casamento"

Grupo 3º seminário (Vânia, Ricardo, Samantha e Luísa)
DVD "Iracema, Uma Transa Amazônica"
DVD "Malu Mulher"

Grupo 4º seminário (Pat®icia, Leonardo, Renata e Thomaz)
Nada. Mas não foi de sacanagem...
Lembrando, o "Que Horas São?", livro que contém os ensaios a serem lidos do Roberto Schwarz, tem na bibiloteca (se não me engano, com vários exemplares).
A Patrícia tem "O Cobrador", do Rubem Fonseca.
Mas vou levar na próxima aula também para mais uma semana de biblioteca circulante.

Grupo 5º seminário (Antéia, Lucas, Rafael, Nathália e Henrique)
DVD "Ônibus 174"
DVD "Cinema, Aspirinas e Urubus"
Falta: DVD "Carlota Joaquina", levo na aula que vem.
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Os empréstimos feitos na aula passada, dia 04/03, devem ser devolvidos na aula que vem, 11/04. Nesta semana, levo as duas coisas que ficaram faltando, o livro do Rubem Fonseca e o DVD "Carlota Joaquina".

sexta-feira, 6 de março de 2009

O que vcs andam vendo, lendo, ouvindo?

Como eu disse, esse não será um blogue de participação obrigatória. Mas andei dando umas passeadas pelas pegadas virtuais da classe (blogues, twitters etc.) e fiquei curiosa: além de tudo o que eu mandei ler e ver e conhecer, o que vocês andam fazendo de livre e espontânea vontade?
Sei que o Rafael está ansioso para ver o "Watchmen" (e ainda ouve Black Sabbath em pleno século 21,jizuss...), que o Lucas gosta de "Jay-Ho" e gostou do "Benjamin Button"(eu não, do filme) e que a Gabriela viu, em dezembro, "Romance", do Guel Arraes, e gostou mais ou menos.
E o que mais? Quem está vendo, lendo ou ouvindo coisas legais?
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Atenção: isso não é uma lição de casa.
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Vou contar um pouco o que estou lendo/vendo/ouvindo.
Minha música da semana (semana nada, quinzena já) é a Lily Allen fazendo uma versão de "Straight to Hell", do Clash. O Clash é uma banda-matriz para quem foi jovem nos anos 80 (por isso, Rafael, que metal para mim não vai... Tudo bem, Black Sabbath é clássico, mas sabe como é, a gente odiava as bandonas de branco dos anos 70; claro que depois a gente, digo minha geração, reviu tudo isso, mas, apesar de reconhecer a importância etc., para mim, não desce). Além disso, estou refazendo minha biblioteca de soul (sim, é anos 70, mas é som de preto, o que faz tooooda a diferença) para organizar uma listinha de músicas para tocar numa festa. O disco redescoberto da semana é o "Hotter than July", do Stevie Wonder (http://tinyurl.com/anxpog, "Rocket Love" é um das minhas prediletas; "Master Blaster", claro, outra: http://tinyurl.com/anxpog).
Li, na verdade, devorei "A Ditadura da Moda", da minha amiga, ex-foca e repórter tão talentosa quanto hilária Nina Lemos. A personagem é sensacional: uma editora de moda, filha de pais que participaram da guerrilha; o pai morreu na tortura, a mãe pirou, e ela começa a ouvir vozes gritando palavras de ordem das passeatas de 68 enquanto cobre o Fashion Week. E entra em crise. E também estou lendo "As Brasas", Sandór Márai, um escritor húngaro. Romance curto, denso, difícil e bonito.
Vi vários filmes do Oscar --"Benjamin Button", o da Kate Winlset e do DiCaprio, o da Merryl Streep e do Philip Seymour-Hoffman--, e fiquei meio enjoada de quase todos. Acho que, para mim, deu de Hollywood. Todo filmão americano que vou ver saio irritada. É tudo muito óbvio, tudo muito arrumado, tudo muito explicado. O meu amigo (e ex-foca e ex-colega de Ilustrada) Ricardo Calil comenta uma declaração do Alan Moore muito legal sobre isso: http://tinyurl.com/amdy6e.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Para a próxima aula, 04 de março

MELLO, João Manuel Cardoso de e NOVAIS, Fernando Capitalismo Tardio e Sociabilidade Moderna (em SCHWARCZ, LILIA MORITZ e NOVAIS, FERNANDO A. História da Vida Privada no Brasil volume 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998)
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E para dia 18 de março, data do primeiro seminário:
“Oscar Niemeyer: A Vida é um Sopro”, documentário de Fabiano Maciel (2007)
Plano-piloto da poesia concreta
Manifesto neoconcreto
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ATENÇÃO: No programa que eu distribui para vocês aula passada, há um erro. Por favor, corrijam: o nome do ensaio do Roberto Schwarz é "Marco Histórico" e não "Marca do Novo" (de onde eu tirei esse título????)javascript:void(0)

Calendário & instruções

AULA 1 – 18/02 – Apresentação do programa
Introdução
Divisão em grupos/seminários
AULA 2 – 04/03 – ANOS 50/RJ
AULA 3 – 11/03 – ANOS 50 & 60/SP
AULA 4 – 18/03 – SEMINÁRIO 1
AULA 5 – 25/03 – ANOS 60/SP
AULA 6 – 01/04 – SEMINÁRIO 2
AULA 7 – 08/04 – PROVA BIMESTRAL/RESENHA
AULA 8 – 15/04 – ANOS 70
AULA 9 – 22/04 – ANOS 70
AULA 10 – 29/04 – SEMINÁRIO 3
AULA 11 – 06/05 -- ANOS 80
AULA 12 – 13/05 – ANOS 80
AULA 13 – 20/05 – SEMINÁRIO 4
AULA 14 – 27/05 -- ANOS 90/00
AULA 15 03/06 – SEMINÁRIO 5



INSTRUÇÕES PARA OS SEMINÁRIOS


1. Os grupos devem preparar uma apresentação que contextualize a(s) obra(s) no panorama cultural do período, exponha as principais interpretações e discussões suscitadas pela(s) obra(s) em questão, tendo em vista que a classe conhece a(s) obra(s) em questão.

2. O seminário servirá de base para o trabalho final, que deve consistir em um site ou blogue sobre os temas apresentados.

INSTRUÇÕES PARA O TRABALHO FINAL

1. Os sites ou blogues deverão ampliar e aprofundar os temas abordados pelo seminários.

2. Devem conter material multimídia (imagem, vídeo, áudio), textos da pesquisa e outros. Podem conter reportagem, desde que a pauta seja pertinente e discutida com antecedência.

INSTRUÇÕES PARA RESENHAS E ARTIGOS

1. Resenhas e artigos serão trabalhos individuais feitos a partir das obras preparatórias para os seminários, em sala de aula nos períodos de prova bimestral e semestral. Cada aluno deverá fazer uma resenha e um artigo. Será permitida a consulta de bibilografia, mas não a consulta à internet.

2. Resenhas são definidas como textos de caráter descritivo-analítico a partir de uma obra.

3. Artigos têm um caráter mais reflexo, que desenvolva uma questão proposta e se apóie em bibliografia indicada e/ou pesquisada. Os temas dos artigos devem ser discutidos previamente com a professora e podem ser pré-preparados em casa.

4. O aluno pode optar por fazer uma resenha do material de seu seminário, mas o artigo deve ser, necessariamente, sobre material de outros seminários.

5. Artigos e resenhas pode ser usados nos blogues ou sites.

Programa Jornalismo Cultural 1 2009

PROGRAMA JORNALISMO CULTURAL 1
1 semestre de 2009


Ementa: O que chamamos, hoje, de jornalismo cultural é uma modalidade recente de tratamento jornalístico dos acontecimentos na área das artes, espetáculos, cultura, lazer, entretenimento. O jornalismo cultural brasileiro é contemporâneo à modernização da imprensa nos anos 1950 e sua evolução histórica até os dias de hoje acompanhou as principais mudanças desse período intenso da cultura brasileira.

Objetivos: Discutir como se criou e modificou o jornalismo cultural brasileiro no período compreendido 1950-2000. Por meio da história dos cadernos culturais de jornais diários e das revistas impressas, retomar a história das manifestacões e das discussões culturais desse período.

Metodologia: aulas expositivas e seminários. As aulas expositivas terão uma bibliografia preparatória, que ajuda na compreensão dos temas abordados.

Avaliação: duas provas individuais (resenhas/artigos feitos em classe à época das prova) e dois trabalhos em grupo, cada um correspondendo a 25% da nota final.
Conteúdo programático:
1. Anos 50 – Modernidade na imprensa, modernidade nas artes
a) a criação dos primeiros cadernos culturais e de uma imprensa especializada: Diário Carioca, Jornal do Brasil (Suplemento Dominical e Caderno B). Revista Senhor
b) Artes plásticas e arquitetura
Concretos x neoconcretos
c) Material básico (seminário e classe):
“A Vida é um Sopro”, documentário (http://tinyurl.com/anxg7k)
Plano-piloto da poesia concreta (http://tinyurl.com/cykkh6)
Manifesto neoconcreto (http://tinyurl.com/ary5an)


2. Anos 60 -- Nacionalismo, vanguarda e arte engajada
a) o suplemento cultural dialoga com a academia: Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo, Revista Realidade.
b) Teatro nacional-popular
Romance: o Brasil arcaico x o Brasil moderno
c) Material básico (seminário e classe):
Peça: “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri (peça de 1958; editada Civilização Brasileira; a edicão mais recente é de 1995)
Filme em DVD: “Eles Não Usam Black-Tie”, Leon Horzsman (1981, disponível em DVD)
Romance: “O Casamento”, Nelson Rodrigues (romance de 1966; a edição mais recente é da Agir, 2006; há também uma edição de 1992 da Companhia das Letras)
Filme em DVD: “O Casamento”, Arnaldo Jabor (1976, disponível em DVD)
c) Material básico (seminário e classe):
Filme em DVD: “Iracema, Uma Transa Amazônica”, Jorge Bodanzky (1974, disponível em DVD)
Série de TV: “Malu Mulher”, Daniel Filho (1979, disponível em DVD)

3. Anos 70
a)Cultura de resistência: a imprensa alternativa e consolidação dos cadernos culturais.
Pasquim, Movimento, Opinião, Versus. Jornal da Tarde.
b)Modos da narrativa no cinema e na TV
A herança do cinema novo
Censura
O “realismo” na TV
c) Material básico (seminário e classe):
Filme em DVD: “Iracema, Uma Transa Amazônica”, Jorge Bodanzky (1974, disponível em DVD)
Série de TV: “Malu Mulher”, Daniel Filho (1979, disponível em DVD)\

4. Anos 80
a) A indústria cultural engole artes, cultura e academia: Folhetim & Folha Ilustrada.
b) Modernidade em crise e o pós-moderno
Literatura de massa
Idéias no mercado & mercado de idéias
c) Material básico (seminário e classe):
Ensaios: “Nacional por Subtração” e “Marco Histórico”, Roberto Schwarz (em “Que Horas São?”, 1987, Editora Brasiliense; há uma edição mais recente da editora Companhia das Letras)
“O Cobrador”, Rubem Fonseca (1979, há edições mais recentes da editora Companhia das Letras)

5. Anos 90
a) Fragmentação, globalização e violência: a “crise dos cadernos culturais” e a internet.
b) A retomada do cinema nacional pela revisão irônica
A investigação documental da realidade nacional
Cinemas regionais-globais
c) Material básico (seminário e classe):
“Carlota Joaquina”, Carla Camuratti (1999, disponível em DVD)
“Ônibus 174”, José Padilha (2002, disponível em DVD)
“Cinema, Aspirinas e Urubus”, Marcelo Gomes (2005, disponível em DVD)