quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Data trabalho final

... a pedidos, prazo foi estendido até 07/12, por email biawabramo@gmail.com

Link certo para as instruções sobre trabalho final

http://docs.google.com/View?id=dck6v9cb_96dq8fvpgh

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre os trabalhos finais

http://docs.google.com/Doc?id=dck6v9cb_96dq8fvpgh&btr=EmailImport

O BRASIL NAS LETRAS

BRASIL (1939)

(Benedito Lacerda/Aldo Cabral)



Brasil, és no teu berço doirado,

Um índio civilizado,

E abençoado por Deus !

Oh, meu Brasil ! Oh meu,

Brasil, gigante de um continente,

És terra de toda gente,

Orgulho dos filhos teus !

Oh ! Meu Brasil !


Tudo em ti nos satisfaz,

Liberdade, amor e paz,

No progresso em que te agitas,

Torrão de viva beleza,

De fartura de riqueza,

E de mil coisas bonitas,

E porque tu tens de tudo,

Por que te conservas mudo,

Na tua modéstia imerso,

Meu Brasil, eu que te amo,

Neste samba te proclamo,

Majestade do Universo !


Tudo em ti nos satisfaz,

Liberdade, amor e paz,

No progresso em que te agitas,

Torrão de viva beleza,

De fartura de riqueza,

E de mil coisas bonitas,

E porque tu tens de tudo,

Por que te conservas mudo,

Na tua modéstia imerso,

Meu Brasil, eu que te amo,

Neste samba te proclamo,

Majestade do Universo !




CANTA BRASIL (1941)



As selvas te deram nas noites seus ritmos


bárbaros...


Os negros trouxeram de longe reservas de pranto...


Os brancos falaram de amores em suas canções...


E dessa mistura de vozes nasceu o teu pranto...



Brasil


Minha voz enternecida


Já dourou os teus brasões


Na expressão mais comovida


Das mais ardentes canções...


Também,


A beleza deste céu


Onde o azul é mais azul


Na aquarela do Brasil


Eu cantei de Norte a Sul


Mas agora o teu cantar,


Meu Brasil quero escutar:


Nas preces da sertaneja,


Nas ondas do rio-mar...



Oh!


Este rio – turbilhão,


Entre selvas e rojão,


Continente a caminhar!


No céu!


No mar!


Na terra!


Canta, Brasil !!!



DESAFINADO (1959)

Tom Jobim/ Newton Mendonça



Se você disser que eu desafino amor

Saiba que isto em mim provoca imensa dor

Só privilegiados tem o ouvido igual ao seu

Eu possuo apenas o que Deus me deu


Se você insiste em classificar

Meu comportamento de anti-musical

Eu mesmo mentindo devo argumentar

Que isto é bossa nova, isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente

É que os desafinados também tem um coração


Fotografei você na minha Rolley-Flex

Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor

Ele é o maior que você pode encontrar

Você com a sua música esqueceu o principal

Que no peito dos desafinados

No fundo do peito

Bate calado, que no peito dos desafinados

Também bate um coração







O BARQUINHO (1961)


(Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli)


Dia de luz

Festa de sol

E um barquinho a deslizar

No macio azul do mar

Tudo é verão e o amor se faz

Num barquinho pelo mar

Que desliza sem parar

Sem intenção, nossa canção

Vai saindo desse mar e o sol

Beija o barco e luz

Dias tão azuis


Volta do mar desmaia o sol

E o barquinho a deslizar

É a vontade de cantar

Céu tão azul ilhas do sul

E o barquinho, coração

Deslizando na canção

Tudo isso é paz, tudo isso traz

Uma calma de verão e então

O barquinho vai

A tardinha cai

O barquinho vai..


MAS QUE NADA (1963)

Jorge Ben


Mas que nada

Sai da minha frente

Eu quero passar

Pois o samba está animado

O que eu quero é sambar

Esse samba

Que é misto de maracatu

É samba de preto velho

Samba de preto tu


Mas que nada

Um samba como este tão legal

Você não vai querer

Que eu chegue no final

Roda-viva

Chico Buarque/1967

Para a peça Roda-viva de Chico Buarque


Notas

Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu

A gente estancou de repente

Ou foi o mundo então que cresceu

A gente quer ter voz ativa

No nosso destino mandar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda-gigante

Roda-moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração


A gente vai contra a corrente

Até não poder resistir

Na volta do barco é que sente

O quanto deixou de cumprir

Faz tempo que a gente cultiva

A mais linda roseira que há

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega a roseira pra lá

Roda mundo (etc.)


A roda da saia, a mulata

Não quer mais rodar, não senhor

Não posso fazer serenata

A roda de samba acabou

A gente toma a iniciativa

Viola na rua, a cantar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega a viola pra lá

Roda mundo (etc.)


O samba, a viola, a roseira

Um dia a fogueira queimou

Foi tudo ilusão passageira

Que a brisa primeira levou

No peito a saudade cativa

Faz força pro tempo parar

Mas eis que chega a roda-viva

E carrega a saudade pra lá

Roda mundo (etc.)



GELÉIA GERAL (1968)

Gilberto Gil e Torquato Neto



Um poeta desfolha a bandeira

E a manhã tropical se inicia

Resplandente, cadente, fagueira

Num calor girassol com alegria

Na geléia geral brasileira

Que o "Jornal do Brasil" anuncia


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


A alegria é a prova dos nove

E a tristeza é teu porto seguro

Minha terra é onde o sol é mais limpo

E Mangueira é onde o samba é mais puro

Tumbadora na selva-selvagem

Pindorama, país do futuro


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


É a mesma dança na sala

No Canecão, na TV

E quem não dança não fala

Assiste a tudo e se cala

Não vê no meio da sala

As relíquias do Brasil:

Doce mulata malvada

Um LP de Sinatra

Maracujá, mês de abril

Santo barroco baiano




Superpoder de paisano

Formiplac e céu de anil

Três destaques da Portela

Carne-seca na janela

Alguém que chora por mim

Um carnaval de verdade

Hospitaleira amizade

Brutalidade jardim


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


Plurialva, contente e brejeira

Miss linda Brasil diz "bom dia"

E outra moça também Carolina

Da janela examina a folia

Salve o lindo pendão dos seus olhos

E a saúde que o olhar irradia


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


Um poeta desfolha a bandeira

E eu me sinto melhor colorido

Pego um jato, viajo, arrebento

Com o roteiro do sexto sentido

Voz do morro, pilão de concreto

Tropicália, bananas ao vento


Ê, bumba-yê-yê-boi

Ano que vem, mês que foi

Ê, bumba-yê-yê-yê

É a mesma dança, meu boi


TROPICÁLIA (1968)

Caetano Veloso



Sobre a cabeça os aviões

Sob os meus pés, os caminhões

Aponta contra os chapadões, meu nariz


Eu organizo o movimento

Eu oriento o carnaval

Eu inauguro o monumento

No planalto central do país


Viva a bossa, sa, sa

Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça


O monumento é de papel crepom e prata

Os olhos verdes da mulata

A cabeleira esconde atrás da verde mata

O luar do sertão

O monumento não tem porta

A entrada é uma rua antiga,

Estreita e torta

E no joelho uma criança sorridente,

Feia e morta,

Estende a mão


Viva a mata, ta, ta

Viva a mulata, ta, ta, ta, ta


No pátio interno há uma piscina

Com água azul de Amaralina

Coqueiro, brisa e fala nordestina

E faróis

Na mão direita tem uma roseira

Autenticando eterna primavera

E no jardim os urubus passeiam

A tarde inteira entre os girassóis


Viva Maria, ia, ia

Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia


No pulso esquerdo o bang-bang

Em suas veias corre muito pouco sangue

Mas seu coração

Balança a um samba de tamborim

Emite acordes dissonantes

Pelos cinco mil alto-falantes

Senhoras e senhores

Ele pões os olhos grandes sobre mim


Viva Iracema, ma, ma

Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma


Domingo é o fino-da-bossa

Segunda-feira está na fossa

Terça-feira vai à roça

Porém, o monumento

É bem moderno

Não disse nada do modelo

Do meu terno

Que tudo mais vá pro inferno, meu bem

Que tudo mais vá pro inferno, meu bem


Viva a banda, da, da

Carmen Miranda, da, da, da, da




Deus lhe pague

Chico Buarque/1971


Notas

Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir

A certidão pra nascer, e a concessão pra sorrir

Por me deixar respirar, por me deixar existir

Deus lhe pague


Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"

Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir

Um crime pra comentar e um samba pra distrair

Deus lhe pague


Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui

O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir

Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi

Deus lhe pague


Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir

Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir

Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair

Deus lhe pague


Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir

Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir

E pelo grito demente que nos ajuda a fugir

Deus lhe pague


Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir

E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir

E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir

Deus lhe pague


OURO DE TOLO (1973)

Raul Seixas


Eu devia estar contente

Porque eu tenho um emprego

Sou um dito cidadão respeitável

E ganho quatro mil cruzeiros por mês


Eu devia agradecer ao Senhor

Por ter tido sucesso na vida como artista

Eu devia estar feliz

Porque consegui comprar um Corcel 73


Eu devia estar alegre e satisfeito

Por morar em Ipanema

Depois de ter passado fome por dois anos

Aqui na Cidade Maravilhosa

(...)


Eu devia estar contente

Por ter conseguido tudo o que eu quis

Mas confesso abestalhado

Que eu estou decepcionado


Porque foi tão fácil conseguir

E agora eu me pergunto: e daí?

Eu tenho uma porção de coisas grandes

Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado


Eu devia estar feliz pelo Senhor

Ter me concedido o domingo

Pra ir com a família ao Jardim Zoológico

Dar pipoca aos macacos


Ah! Mas que sujeito chato sou eu

Que não acha nada engraçado

Macaco, praia, carro, jornal, tobogã

Eu acho tudo isso um saco


É você olhar no espelho

Se sentir um grandessíssimo idiota

Saber que é humano, ridículo, limitado

Que só usa dez por cento de sua cabeça animal


E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial

Que está contribuindo com sua parte

Para o nosso belo quadro social


Eu que não me sento

No trono de um apartamento

Com a boca escancarada cheia de dentes

Esperando a morte chegar


Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais

No cume calmo do meu olho que vê

Assenta a sombra sonora de um disco voador








O Bêbado e A Equilibrista (1979)

João Bosco e Aldir Blanc


Caía a tarde feito um viaduto

E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos

A lua tal qual a dona do bordel

Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel

nuvens lá no mata-borrão do céu

Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco

O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil

Prá noite do Brasil, meu Brasil

Que sonha com a volta do irmão do Henfil

Com tanta gente que partiu num rabo de foguete

Chora a nossa pátria mãe gentil

Choram marias e clarisses no solo do Brasil

Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente

a esperança dança na corda bamba de sombrinha

E em cada passo dessa linha pode se machucar

Azar, a esperança equilibrista

sabe que o show de todo artista, tem que continuar

tem que continuar


ye bye, Brasil

Roberto Menescal - Chico Buarque/1979

Para o filme Bye, bye Brasil, de Carlos Diegues


Notas

Oi, coração

Não dá pra falar muito não

Espera passar o avião

Assim que o inverno passar

Eu acho que vou te buscar

Aqui tá fazendo calor

Deu pane no ventilador

Já tem fliperama em Macau

Tomei a costeira em Belém do Pará

Puseram uma usina no mar

Talvez fique ruim pra pescar

Meu amor


No Tocantins

O chefe dos parintintins

Vidrou na minha calça Lee

Eu vi uns patins pra você

Eu vi um Brasil na tevê

Capaz de cair um toró

Estou me sentindo tão só

Oh, tenha dó de mim

Pintou uma chance legal

Um lance lá na capital

Nem tem que ter ginasial

Meu amor


No Tabariz

O som é que nem os Bee Gees

Dancei com uma dona infeliz

Que tem um tufão nos quadris

Tem um japonês trás de mim

Eu vou dar um pulo em Manaus

Aqui tá quarenta e dois graus

O sol nunca mais vai se pôr

Eu tenho saudades da nossa canção

Saudades de roça e sertão

Bom mesmo é ter um caminhão

Meu amor


Baby, bye bye

Abraços na mãe e no pai

Eu acho que vou desligar

As fichas já vão terminar

Eu vou me mandar de trenó

Pra Rua do Sol, Maceió

Peguei uma doença em Ilhéus

Mas já tô quase bom

Em março vou pro Ceará

Com a benção do meu orixá

Eu acho bauxita por lá

Meu amor


Bye bye, Brasil

A última ficha caiu

Eu penso em vocês night and day

Explica que tá tudo okay

Eu só ando dentro da lei

Eu quero voltar, podes crer

Eu vi um Brasil na tevê

Peguei uma doença em Belém

Agora já tá tudo bem

Mas a ligação tá no fim

Tem um japonês trás de mim

Aquela aquarela mudou

Na estrada peguei uma cor

Capaz de cair um toró

Estou me sentindo um jiló

Eu tenho tesão é no mar

Assim que o inverno passar

Bateu uma saudade de ti

Tô a fim de encarar um siri

Com a benção de Nosso Senhor

O sol nunca mais vai se pôr



Brasil (1988)

Cazuza/Nilo Roméro / George Israel


Não me convidaram

Pra essa festa pobre

Que os homens armaram pra me convencer

A pagar sem ver

Toda essa droga

Que já vem malhada antes de eu nascer


Não me ofereceram

Nem um cigarro

Fiquei na porta estacionando os carros

Não me elegeram

Chefe de nada

O meu cartão de crédito é uma navalha


Brasil, mostra tua cara

Quero ver quem paga

Pra gente ficar assim

Brasil, qual é o teu negócio?

O nome do teu sócio?

Confia em mim


Não me sortearam

A garota do Fantástico

Não me subornaram

Será que é o meu fim?

Ver TV a cores

Na taba de um índio

Programada pra só dizer sim, sim


Grande pátria desimportante

Em nenhum instante

Eu vou te trair

(Não vou te trair)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quer pagar quanto?

Seguem os links para o texto de Juliano Spyer sobre o episódio da venda do samba do Cartola, dialogando com os famosos P2P dos dias atuais. O primeiro link é uma seleção e um comentário do jornalista Alexande Matias, do Trabalho Sujo, e o segundo é o texto na íntegra de Spyer, do NãoZero.


- Trabalho Sujo - "Querendo comprar samba, você está maluco?"

- Não Zero - "Comprar samba? Você está maluco?" Ou o que Cartola tem a dizer sobre a pirataria

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Discos

Como a Bia só colocou o link pra dowload de um dos discos e eu quis ouvir todos pra decidir sobre qual falarei, fui atrás dos outros. Seguem os links:

Tropicália (1968)
Os Afro Sambas (1990)
Samba, eu Canto Assim (1964)

Coisas legais

Duas coisas legais, uma em São Paulo, outra na sala de casa, que podem contribuir para vcs entenderem melhor o curso e, digamos, a vida:

1. A Pinacoteca abre neste sábado uma exposição de Henri Matisse. Não, ele não relaão direta com meu curso, mas ele é simplesmente um dos mais imporantes pintores de todos os tempos. E pelos míseros R$ 3,00 que vcs estudantes vão pagar pelo ingresso, vcs podem visitar uma exposição sobre os 30 anos de Anistia, essa sim com relação mais direta com o curso.
Mais informações:
Matisse hoje / Aujourd'hui
Pela primeira vez no Brasil, e na América Latina, exposição individual de Henri Matisse (Le Cateau-Cambrésis, França, 1869 – Nice, França, 1954), um dos mais destacados artistas do século XX. A mostra exibe cerca de 80 obras que integram importantes coleções públicas e privadas, da França e do Brasil.
De 05 de setembro a 01 de novembro de 2009exposição do Ma

A luta pela Anistia. 1964 - ?
Realizada em parceria com o Arquivo Público do Estado de São Paulo, a mostra apresenta documentos, fotos, jornais da época, panfletos, cartazes e outros materiais produzidos pelos movimentos de anistia e entidades de direitos humanos que narram a história da luta pela anistia no Brasil, dos anos 60 aos dias atuais.
De 08 de agosto a 18 de outubro de 2009

Abertas de terça a domingo, das 10 às 18h Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6 ou 3,00. Grátis aos sábados

2. Não sei se alguém viu na Cultura nesta semana, mas no domingo a Cultura vai reprisar a minissérie Trago Comigo, de Tata Amaral. Vejam mais aqui: http://www.tvcultura.com.br/conteudo/3352